
Nesta terça-feira, 25 de março, a Prefeitura de Macapá deu um importante passo para promoção da saúde e da dignidade das mulheres pretas nas comunidades da capital amapaense, lançando o Projeto “Flor de Dandara: Reduzindo a Mortalidade Materna em Mulheres Negras”. A iniciativa vai fortalecer o cuidado pré-natal e garantir um acompanhamento integral às mulheres das seguintes comunidades: Tessalônica, Abacate da Pedreira, Maruanum, Ilha Redonda, São Joaquim do Pacui, Curiaú, Coração, São Pedro dos Bois e Torrão do Matapi.
As comunidades possuem equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), que serão responsáveis por trabalhar os eixos do projeto. A iniciativa foi desenvolvida pelo Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial (IMPROIR) e a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA).
De acordo com Cristina Almeida, Diretora-Presidente do IMPROIR, o projeto tem como objetivo combater a elevada taxa de mortalidade materna entre mulheres negras, que vem aumentando ano após ano.
“‘Flor de Dandara’ vai fazer parte da política municipal da igualdade racial de Macapá e ele visa trabalhar a redução da mortalidade materna nas mulheres negras. E esse trabalho vai acontecer intensificando as ações da saúde, antes, durante e posterior ao parto, garantindo a essa mulher que ela possa ter o atendimento continuado”, ressaltou Cristina Almeida.
A primeira-dama, Dra. Rayssa Furlan, destacou a importância de promover dignidade às mulheres.
“Essa taxa de mortalidade é imensa e precisamos fazer algo para mudar essa realidade. É hora de trabalhar em equipe, entrar nas comunidades e colocar em prática o que foi dito aqui, o que está alinhado com o discurso da gestão de trazer dignidade e saúde para todos os cantos de nossa Macapá”, reforçou Rayssa.
Já a secretária de saúde Érica Aymore ressaltou que ‘Flor de Dandara’ é mais um passo importante na direção de promover a saúde e o bem-estar.
“Vamos oferecer planejamento reprodutivo para as mulheres que decidirem a inserção de DIU (Dispositivo Intrauterino), e qualificação do pré-natal nas comunidades quilombolas com acompanhamento integral das gestantes por uma equipe multidisciplinar, dentre outros serviços”, pontuou a secretária.
O projeto oferecerá uma programação mensal em cada comunidade, que incluirá ações como planejamento reprodutivo, saúde obstétrica, atividade física, saúde mental, apoio a amamentação, nutrição, curso de reanimação neonatal, cálcio e AS para grávidas, atendimento jurídico, fortalecimento da rede de apoio e capacitação para autonomia econômica.